O BNDES fechou ontem uma emissão de 650 milhões de euros para uma demanda total de apenas 1,8 bilhão, segundo o Estado de São Paulo. A leitura do mercado é de que o resultado não foi tão bom porque os investidores têm criticado a gestão do Banco no que se refere aos seus desembolsos. O valor de face foi de 3,783% para os papeis de 5 anos. A Petrobrás pagou 2,75% em papeis do mesmo prazo no dia 08 de janeiro. Esta não é uma boa noticia.

A taxa de otimismo do brasileiro caiu 15 pontos percentuais, segundo pesquisa do IBGE. O patamar dos que acham que 2014 será melhor que 2013 agora está em 57%, ainda acima da média mundial de 48%. Apesar de ainda apresentar bons números – 7º lugar no ranking de otimismo – foi a primeira queda desde 2009, refletindo a incerteza sobre o ambiente econômico.

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Consumo de energia por conta do calor está sendo recorde neste mês de janeiro. Fiquemos de olho nos reservatórios.

Em 16 das 18 cidades pesquisadas pelo DIEESE o reajuste da cesta básica em 2013 ficou acima da Inflação. Campeãs de preço: Salvador e Natal. 

Bem que Brasília tentou usar todas as desonerações possíveis para fazer a inflação de 2013 ficar menor que a de 2012, mas não foi dessa vez. E 2014 não tem contabilidade criativa como se tem no fiscal. Será uma inflação tateando o teto da meta e um BC se mãos atadas em ano eleitoral. 

2013 teve boas noticias em relação às concessões, que totalizaram R$ 64 milhões (o dobro do que foi realizado em 2012). Mas, infelizmente, a demora no inicio da obras e no aumento de sua velocidade não deve influenciar tão positivamente o PIB de 2014. Tomemos o exemplo dos aeroportos. Os dois já licitados - Galeão (Rio) e Confins (BH) só serão entregues ao concessionário por volta de setembro deste ano, não tendo efeito importante no ano fechado de 2014.

O Banco Central Europeu decidiu hoje manter a taxa básica de juros em 0,25%, que vigora desde a reunião de novembro. O patamar atual se justifica, pois a atividade do continente tem lenta recuperação – com exceção da Alemanha. Além disso, a tendência de deflação ainda preocupa, e mais ações podem ser tomadas pelo BCE para estimular a economia.

O fluxo cambial de 2013 fechou negativo em US$ 12,2 bilhões (2012= + US$ 16,7 bilhões), o pior resultado desde 2002. Lembrar que 2002 foi um ano de grande turbulência devido ao receio, à época, do que poderia ser um governo Lula. Na conta financeira, a saída líquida foi de US$ 23,4 bilhões, retratando o mau humor dos investidores.

A ata do Fed divulgada a pouco não trouxe novidades e após a redução dos estímulos monetários, fortaleceu a idéia que o nível da taxa de desemprego em 6,5%, possivelmente alcançado no quarto trimestre de 2014, deverá ser mantido por um longo período de tempo para que a taxa de juros comece a subir novamente.

A Petrobras deverá realizar novas captações para sanar suas necessidades de capital de giro e investimentos ainda este ano. O primeiro semestre será a janela de oportunidade nesta direção, em razão da maior volatilidade esperada para o segundo semestre.

    

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