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Desde junho do ano passado a economia entrou em compasso de espera. A expectativa de aumento de juros nos EUA e as manifestações de junho foram gatilhos que, em outros momentos, poderiam ter vida curta em impacto na economia.

Como tem sido tradição nos últimos anos, fazemos no começo de ano nosso mea culpa, analisando os erros de projeção que tínhamos no começo de 2013 e o que de fato aconteceu na economia nesse período.

Nas últimas semanas, temos visto o governo reconhecer que os resultados econômicos têm sido piores do que o esperado. Exemplos não faltam. 

Em poucos meses, os EUA deixaram de ser o risco iminente para a depreciação do câmbio que se via. Os riscos fiscais vão deixar a taxa de câmbio ao redor de 2,2 e estável ainda durante algum tempo. Aqui dentro, com os riscos elevados de inflação, a Selic poderá chegar a dois dígitos já esse ano.

Já se consolidou o cenário de que o Brasil vive seu pior momento dos últimos anos, com perspectivas baixas de crescimento e com países competidores surgindo, especialmente na América Latina, como o México.

Depois de junho, o cenário entrou em deterioração mais evidente para o segundo semestre. Ainda não parece claro que possamos ter queda de PIB neste trimestre, mas estaremos bem perto disso.

Há quem tenha visto na Ata do BC um banco mais comprometido com o combate à inflação. Mas o que se viu foi um rearranjo de palavras trazendo a mesma substância das Atas anteriores.

Já se vão quase 5 anos desde que a crise financeira atingiu seus píncaros com a quebra do Lehman Brothers. Caso algum marciano resolvesse aparecer em nosso planeta hoje teria dúvidas se algo tão catastrófico nos atingiu há tão pouco tempo.

Trabalhamos com um cenário de altas moderadas de juros. Ano que vem o BC seria chamado novamente a nova elevação. Mesmo assim não mudamos o cenário de inflação de para 2013 e  2014.

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