O relatório Focus de mercado, divulgado nesta segunda-feira (11) pela Banco Central, mostrou nova queda da mediana das expectativas de inflação, de 7,28% para 7,14%, refletindo a descompressão dos preços, principalmente da energia elétrica, que já ocorre sobre o IPCA. As projeções de crescimento do PIB, no entanto, continuam a declinar e já se encontram em -3,77%. Para 2017, as projeções de crescimento estacionaram em 0,3%.

IPCA de março, divulgado nesta sexta-feira (08) pelo IBGE, variou 0,43%, valor mais baixo para meses de março em quatro anos. O indicador desacelerou em relação a fevereiro, quando este registrou alta de 0,90%, e ao mesmo período de 2015, quando variou 1,32%. O resultado no mês derrubou a inflação acumulada em 12 meses de 10% para 9,4%. A projeção da MB Associados, que esteve em linha com o resultado do mês, indica desaceleração da inflação para 7,3% no fim do ano.

O IGP-DI de março, índice de preços calculado pela FGV com base em dados coletados do primeiro ao último dia do mês, variou 0,43%, desacelerando em relação ao mês anterior, quando a inflação chegou a 0,79%, e ao mesmo período do ano anterior, quando esta foi de 1,21%. A maioria dos subíndices que compõem o indicador mostraram desaceleração em relação a fevereiro. O índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa 60% do IGP-DI, variou 0,37%, influenciado pela desaceleração nos preços dos alimentos processados (Bens Finais), materiais e componentes para manufatura (Bens Intermediários) e matérias-primas agropecuárias de modo geral. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com participação de 30% no indicador fechado, desacelerou de 0,76% para 0,50% no mê

A produção de veículos recuou 23,7% em março, na comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Automóveis, a ANFAVEA. No 1º trimestre do ano, o tombo foi ainda maior, chegando a 27,8%. Com estes dados, o setor volta aos níveis de produção de 13 anos atrás. Parte da forte e contínua queda da produção no setor está ligada aos altos níveis de estoque ainda mantidos nas fábricas e nas concessionárias, que se situa em 46 dias no total. Os ajustes da produção a um menor nível de demanda na economia ainda continuarão neste ano, o que implicará em mais rodadas de queda no quadro de funcionários do setor, que, até março, já perdeu 8,8% do contingente contabilizado em 2015.

O relatório Focus de mercado, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, mostrou nova queda das expectativas de inflação para 2016, de 7,31% para 7,28%, a quarta consecutiva. Para 2017, as expectativas estão congeladas em 6,0% há oito semanas. Paralelamente, a mediana das projeções para o crescimento do PIB caiu de -3,66% para -3,73%, acompanhando uma revisão forte, para baixo, das expectativas ligadas ao crescimento industrial, que cedeu de -4,4% para -5,8%. Para 2017 também revisão para baixo do crescimento econômico, de 0,35% para 0,30%.

O índice de confiança da indústria de transformação (ICI), calculado pela FGV, sofreu leve elevação em março, de 74,7 para 75,1 pontos, na série livre de influências sazonais. Na média móvel trimetral, o índice mostra estabilidade, apesar de se situar em um dos patamares mais baixos da série histórica. O subindicador responsável pela melhora da confiança foi o relacionado à situação atual, que se elevou de 77,1 para 78,6 pontos, refletindo o alivio dos empresários industriais frente ao ajuste dos estoques. A proporção de empresas que com estoques excessivos diminuiu de 17,7% para 17,0%. No entanto, estes ganhos foram parcialmente compensados pelas baixas expectativas relacionadas à produção física nos próximos meses.

O Banco Central divulgou nesta quarta-feira (30) um déficit primário do setor público consolidado de R$ 23 bilhões em fevereiro, aprofundando a tendência de deterioração fiscal do país. Em 12 meses, o déficit primário já chega a R$ 125,1 bilhões ou 2,1% do PIB, resultado distante da meta oficial estipulada pelo governo, de 0,5% do PIB. O déficit nominal, que adiciona ao resultado primário o pagamento dos juros da dívida pública, alcançou 10,7% do PIB, número ligeiramente menor quando comparado aos dados de janeiro, em virtude dos resultados relativamente positivos das operações de swap cambial realizadas pelo Banco Central, que contribuíram para a redução dos juros nominais pagos, e ao menor número de dias úteis no mês.

Após dois meses consecutivos de melhora, o índice de confiança do consumidor da FGV mostrou nova retração em março, chegando a 67,1 pontos. Na série com ajuste sazonal, o indicador chegou a 66,3 pontos, queda de 1,4 pontos em relação a fevereiro. Dentro da composição do indicador, o índice que mais influenciou no resultado foi aquele relacionado às expectativas atuais das famílias, que viram sua renda real diminuir rapidamente nos últimos meses. Esse subindicador registrou uma queda de 2,8 pontos em relação a fevereiro. Quando analisada a média móvel trimestral do indicador fechado, é possível observar que a melhora dos últimos meses ainda se sustenta. No entanto, sob um ambiente macroeconômico de incertezas, aumento do desemprego e queda da massa real de renda, aind

Pela terceira semana consecutiva, a mediana das projeções de inflação para o fim deste ano caiu, de acordo com o relatório Focus de mercado. No caso do IPCA, as estimativas saíram de 7,43% e chegaram a 7,31%, ao passo que, no do IGP-M, as projeções pularam de 7,73% para 7,68%. Esse movimento, que começa a se consolidar, reflete o comportamento da inflação nos últimos meses, que tem desacelerado, principalmente, por conta do arrefecimento dos preços dos alimentos e da energia elétrica residencial. Em relação a 2017, as projeções para o IPCA permaneceram constantes, em 6,0%. Paralelamente, a estimativa para a variação do PIB caiu para 3,66%, enquanto que, para 2017, para apenas 0,44%.

A prévia da inflação de março, o IPCA-15, divulgado nesta quarta-feira pelo IBGE, mostrou forte desaceleração na margem, de 1,42% para 0,43%. No acumulado em 12 meses, também houve desaceleração o indicador, de 10,84% para 9,95%. Os grupos de maior relevância no índice registraram forte desaceleração no mês, como foram os casos de : alimentação e bebidas (1,92% para 0,77%); habitação (0,40% para -0,52%) e transportes (1,65% para 0,45%). O item com maior impacto positivo para a variação do indicador no mês foi a energia elétrica residencial, que variou -2,87% e exerceu influência de -0,11 p.p. sobre a variação total do índice.

    

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