A geração líquida de emprego no setor privado americano chegou a 185 mil em julho, de acordo com o instituto de estatística ADP. O número se situa abaixo da mediana das expectativas de mercado, que apontava para a criação de 215 mil postos de trabalho. As grandes empresas foram as responsáveis pela maior parte do fluxo positivo, com criação de 64 mil vagas, seguidas das médias, com 62 mil, e das pequenas, com 59 mil. Quando analisada pela ótica setorial, a geração líquida de empregos foi mais forte no setor de serviços, com destaque para aqueles relacionados à administração de negócios e consultoria. 

A produção industrial de junho, divulgada nesta terça-feira pelo IBGE, variou -0,3% em relação a maio, na série com ajuste sazonal, e já acumula queda de 6,3% em 2015. Em 12 meses, a variação do indicador chega a - 5%. Das quatro grandes categorias analisadas pela pesquisa, três delas sofreram revés. Bens de capital, bens intermediários e bens de consumo duráveis registraram quedas, no mês, de 3,3%, 0,2% e 10,7%, respectivamente. Apenas bens de consumo semi e não duráveis  apresentou alta, de 1,7%. Na comparação interanual, no entanto, todas as taxas de variação foram negativas.  

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), divulgado nesta segunda-feira pela FGV, mostrou desaceleração no ritmo de crescimento dos preços, de 0,61%, em 22/07, para 0,53%.Contribuirám para o comportamento do indicador, a desaceleração no crescimento dos preços da maior parte das classes de despesa, como Alimentação; Vestuário; Educação, Leitura e Recreação; Transportes; Despesas diversas; e Comunicação. Os únicos dois itens a apresentar elevação na taxa de crescimento dos preços foram Habitação, devido a ajustes nos preços das tarifas de eletricidade residencial, e Saúde e Cuidados Pessoais.  

O relatório Focus de mercado, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, mostrou nova elevação da inflação esperada para o final de 2015 e queda das projeções relacionadas ao desempenho do PIB. A expectativa para a variação do IPCA subiu de 9,15% para 9,23%, ao passo que a do PIB caiu, de -1,70% para -1,76%. Em contrapartida, em virtude do forte movimento de depreciação do real e de queda da atividade econômica, as projeções para o déficit em transações correntes melhoraram, saltando de US$ 80 bilhões para US$ 79 bilhões.  

A taxa de desemprego, divulgada na Pesquisa Mensal de Emprego (PME) elaborada pelo IBGE, chegou a 6,9% em junho, crescimento de 0,2 ponto percentual (p.p.) em relação a maio. Quando comparada a junho de 2014, o aumento foi de 2,1 p.p., e a taxa atingiu o maior nível para meses de junho em cinco anos. Das seis regiões metropolitanas analisadas pela pesquisa, Salvador (BA) foi a que registrou maior nível de desemprego, de 11,4%, seguida de Recife (PE) e São Paulo (SP), com, respectivamente, 8,8% e 7,2%. Em virtude da deterioração do mercado de trabalho e da atividade produtiva, o rendimento médio real habitualmente recebido ficou em R$ 2.149,00, valor 2,9% menor do que em junho de 2014. 

A prévia da inflação oficial, o IPCA-15, divulgado nesta quarta-feira pelo IBGE, variou 0,59% em julho. Mesmo tendo desacelerado em relação ao mês anterior, o índice já acumula  variação de 9,25% em 12 meses, maior patamar desde 2003. No ano, a variação chega a 6,9%, número já acima do topo da banda de tolerância, de 6,5% a.a., estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Mais uma vez neste ano, a rubrica Habitação foi a que mais contribuiu para a alta mensal o indicador, tendo acelerado de 1,03%, no mês anterior, para 1,15% em julho.  A energia elétrica e a taxa de água e esgoto, duas sub-rubricas de Habitação, fora

A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta terça-feira pelo IBGE, mostrou nova queda do volume de vendas no varejo em maio. A retração no varejo restrito, na série com ajuste sazonal, foi de 0,9% em relação a abril e no varejo ampliado, que inclui vendas de automóveis e de materiais de construção civil, foi de 1,8%. Em 12 meses, o varejo restrito retraiu 0,5%, a primeira variação negativa nesta base de comparação em mais de 10 anos, enquanto o varejo ampliado manteve a trajetória acelerada de queda, chegando a -5% em maio. 

O relatório de mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, mostrou a 13ª semana consecutiva de revisão da inflação para cima. Frente a forte escalada dos preços até o momento, devido a um contínuo processo de reajuste de preços relativos conduzido tanto pelo governo quanto pelo mercado, a estimativa para a variação do índice de preços oficial passou de 9,04% para 9,12% em 2015. Paralelamente, as projeções para o crescimento do PIB interromperam, por ora, o ciclo de queda e estacionaram em -1,5% para o ano. A MB Associados projeta inflação de 9,0% e variação de -2,1% do PIB em 2015. 

Os Estados Unidos divulgaram a criação de 223 mil postos de trabalho no mês de junho, pouco abaixo da expectativa do mercado (233 mil) e do número anterior revisado de 254 mil em maio. A boa notícia veio da queda da taxa de desemprego de 5,4% para 5,3% no último mês, enquanto o aumento dos salários ainda está longe do ideal. Os números vêm na direção da retomada esperada para o segundo trimestre, o que reforça a expectativa de aumento de juros ainda este ano, salvo alguma mudança inesperada no cenário internacional (leia-se Grécia).

A perspectiva de calote da Grécia na noite de ontem se confirmou. O governo do premiê Alexis Tsipras não foi capaz de costurar um acordo para evitar o primeiro default de um país desenvolvido na história do FMI. A expectativa de um novo acordo ainda existe e deverá dominar o cenário internacional até sábado, véspera do plebiscito marcado para domingo, que mostrará se a população grega aceita ou não as condições dos credores para a emissão de um novo socorro.

    

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